A DOR CANCEROSA E O SEU TRATAMENTO

«Esta obra apresenta um particular esclarecimento acerca do tratamento da dor cancerosa. Para além dos aspectos práticos do seu tratamento, esclarecidamente apresentadas com numerosos quadros e esquemas, sublinha os aspectos fisiológicos desta dor. Esta não é apenas um sintoma, mas também o reflexo do sofrimento de um indivíduo face ao cancro. Fenómeno complexo e multifactorial que é necessário compreender, caso a caso, para poder tratar; isto graças a um diagnóstico preciso assente na definição da dor, nas bases fisiológicas e psicológicas da dor e com a ajuda de escalas de avaliação adaptadas. Todos estes temas são tratados de forma precisa em diferentes capítulos. Do caso clínico à pessoa, este livro é um guia para todos os terapeutas, onde terapêutica se conjuga com respeito mútuo, confiança para ultrapassar o sofrimento.» C. Pivot, Lyon Pharmaceutique «Livro interessante, premiado pela Liga Nacional contra o Cancro e pela Sociedade Francesa de Psicologia, a obra de Lucie Hacpille merece ser lida, relida e meditada com cuidado. Na época em que os cuidados paliativos são reconhecidos de utilidade pública e vêm ocupar o lugar deixado em aberto pela medicina e pela cirurgia modernas, por certo ricas em vitórias mas contudo desprovidas dessas mesmas vitórias em casos de fase terminal, este livro faz mais do que descrever os tratamentos da dor cancerosa. No início, diversos capítulos de dimensão ético-filosófica tratam o sofrimento do homem doente, do homem doente de cancro; aí é sublinhada a necessidade da assistência humanitária dos terapeutas, com todo o respeito devido aos pacientes. Os capítulos seguintes analisam, de forma interessante e aprofundada, o fenómeno da dor, as suas diferentes componentes, o seu carácter individual e variável, a dificuldade da sua medição, a impossibilidade da sua reprodução experimental. Um longo desenvolvimento é consagrado aos seus mecanismos neuropatológicos. O diagnóstico das dores cancerosas é indicado em função das diferentes localizações do tumor inicial ou das suas metástases. Em seguida, a autora detém-se, muito detalhadamente, sobre os numerosos medicamentos antálgicos, adaptados da melhor forma à intensidade da dor, desde a aspirina até aos morfínicos. Diversos quadros expõem a farmacologia destes produtos, o seu modo de emprego, os efeitos secundários. O fim da obra está, de novo, reservado a reflexões sobre a psicologia dos doentes e sobre a necessidade de uam abordagem global se se pretende obter, mesmo em fase terminal, um bem-estar razoável.» Bulletin critique du livre français