A REDE LEXICAL DO IMAGINÁRIO

«Com esta abordagem de raiz e natureza etimológico lexical e semântica (seguida de um selectivo excurso pelo universo da Filosofia: desde Platão e Aristóteles até Arina Teresa Tymieniecka, passando por Karit, Husserl, Heidegger, Sartre, Merleau Ponty e Bachelard, entre outros…), pretendeu se contribuir para o aprofundamento de um mais vasto e exigente horizonte de inteligibilidade e criatividade humanas, a ser levado a cabo, antes de mais, pelos estudiosos e especialistas desta sedutora e interpelante área de reflexão e investigação, por forma a melhor se entender o significado e o alcance da essência do «imaginário» e, assim, se interpretar e compreender, a outras luzes, por exemplo, o pio lancinante e triste das gementes alciones, o negro e agoirento grasnar dos corvos, o voo altaneiro e perscrutante das agudas águias, a estática indiferença dos régios albatrozes, o canto abismante e perversamente sedutor das sereias, o etéreo e gracioso adejar das sílfides, a mensagem augural do movimento dos astros, os universos do maravilhoso e da magia, os regimes (diurno e nocturno) do mundo e da vida, dos trabalhos e dos dias, a dimensão simbólico imaginal das instituições, das celebrações, das festas, dos rituais e das práticas iniciáticas, dos utensílios e artefactos, a alquimia e a poética dos elementos cosmogénicos (o fogo, o ar, a água, a terra), a simbólica do tempo e do espaço, «as estruturas antropológicas do imaginário», as regiões e mecanismos subliminais, infra  estruturantes e fundacionais, a erótica pulsional e libidinal, em suma, os abismos, as aberturas, as energéticas, as dinâmicas, as métricas constitutivas da «humanidade» do homem, do mundo e da vida…».