BEM JULGAR
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Imaginemos que o leitor assiste, pela primeira vez, a uma audiência.
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BEM JULGAR
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Imaginemos que o leitor assiste, pela primeira vez, a uma audiência. Sem dúvida que será muito mais tocado pelo espectáculo que se desenrola sob o seu olhar do que pela discussão jurídica. Isto porque, antes de ser uma faculdade moral, julgar é um acontecimento. Segundo o autor, antes de existirem leis, juízes, palácios da justiça, já existia um ritual. Esta obra dedica-se a desvendar, a esse mesmo ritual, todas as facetas, demonstrando, por exemplo, como o espaço da sala de audiências está arrumado para culpabilizar e inibir o arguido, para o submeter à ordem judicial. Poderão os juízes passar sem todas estas encenações para julgar bem? É a esta questão que se prende a reflexão de Antoine Garapon através da comparação dos sistemas judiciários francês e americano, da análise da intrusão dos media no período do processo e do recurso a certas obras de Ésquilo, Freud e Kafka. Se a filosofia do direito é uma procura do justo in abstracto através do ideal e da regra, este livro demonstra que a busca do «julgar bem» obriga à imersão in concreto na experiência do acto de julgar. Assim, não existe julgamento «puro» porque, fazendo quotidianamente a experiência do mal, da crueldade dos homens, da resistência dos factos, do carácter perecível da cidade política, da fragilidade das provas e da exclusão da verdade, a justiça encontra-se em luta com a matéria humana bruta.
Peso | 0.478 kg |
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ISBN Oficial | 9789897591716 |
Editora Oficial | Edições Piaget |
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