DESMITIFICANDO HEIDEGGER
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John Caputo, que tem escrito vários e importantes estudos sobre Heidegger, considera os efeitos que a mudança do cristianismo de Heidegger teve na sua posterior filosofia.
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DESMITIFICANDO HEIDEGGER
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John Caputo, que tem escrito vários e importantes estudos sobre Heidegger, considera os efeitos que a mudança do cristianismo de Heidegger teve na sua posterior filosofia. Considerando que o Heidegger anterior, o Heidegger antes de Ser e Tempo pensava seriamente acerca das escrituras, especialmente São Paulo, Santo Agostinho, Lutero e Kierkgaard, o posterior Heidegger comprometeu-se numa admiração, muitas vezes veneração, pelos gregos antigos e pelo seu adorado Hölderlin. Não foi uma simples mudança para o paganismo, corresponde ao que sempre atraiu Heidegger: o conflito da vida. Nos primeiros anos Heidegger estava interessado no cristianismo porque este falava da vida e da luta de todos os cristãos. De acordo com São Paulo, o cristão deve lutar. A fé do cristão conduz a uma nova sensibilidade e a um novo tempo, o tempo da decisão. Heidegger viu no cristianismo um recurso para reinterpretar a maneira como nós concebemos a vida humana de uma forma geral. O cristianismo, por outras palavras, foi uma forma de revolucionar a filosofia. Mas, como refere Caputo, por vezes, depois de 1928, quando Heidegger regressou a Friburgo, o cristianismo, como fonte de visão, extinguiu-se. Então Heidegger volta-se para os pré-socráticos, para Nietzsche; Heidegger desviou-se de uma filosofia de luta para enveredar por uma filosofia de perigo. Esta mudança, devidamente documentada, nesta obra, por Caputo, preparou Heidegger para a sua fatal posição dos anos 30. O insucesso de Heidegger na política provém, em parte, do insucesso na perspectiva religiosa. Se bem que Heidegger lesse as escrituras, não se encontra referência a misericórdia e conciliação nos seus textos. Assim, Caputo argumenta que o mito do ser, o mito que prontamente acomodou o nacional-socialismo, necessita ser desmitificado. Christian Norman Wirzta, professor de Filosofoa da Universidade de Saskatchewan, Century, 1994 «John Caputo argumenta, entre outras coisas, que o conceito de Heidegger do mito do ser não estava presente nos escritos do filósofo alemão, dos anos 20, despertando, porém, por volta dos anos 30 com a sua associação ao nazismo.» The Chronicle of Higher Education, Dezembro, 1993
Peso | 0.426 kg |
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ISBN Oficial | 9789727710478 |
Editora Oficial | Edições Piaget |
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