ENTRE O BEM E O MAL

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Não há nada pior do que aqueles que querem fazer o bem, em particular o bem para os outros.

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Não há nada pior do que aqueles que querem fazer o bem, em particular o bem para os outros. E o mesmo se aplica áqueles que «pensam o bem». Eles têm a irresistível tendência para pensar para e em lugar dos outros. Este magistério moral, pois é bem de moralismo que se trata, é perigoso. O «bem» é, com efeito, a justificação última do messianismo judaico-cristão. As teorias modernas da emancipação e do universalismo, que são os seus últimos avatares, assentam, igualmente, neste princípio de base. Conformismo preocupante, porque não mais aplicável. Conformismo perigoso, porque aquilo cuja existência se nega – complexidade galopante, relativismo cultural, tribalismo emocional e outros sentimentos de pertença, que já não se adaptam às teorias bem-pensantes – corre o risco de se tornar perverso. Isto é, de tomar caminhos desviados, per via, desde logo, não domináveis. O tempo vinga-se pelos excessos de toda a ordem. O retorno dos diversos fanatismos, dos múltiplos terrorismos, bem como a rebelião, mais ou menos violenta, dos jovens de subúrbio, sem esquecer a deserção de numerosas instituições são os seus sinais mais marcantes. Com efeito, silenciosa ou estridente, a revolta ecoa. Esta rebelião, simultaneamente subterrânea e eficaz, significa, certamente, o terminar de um ciclo, este inaugurado pela consagração do bem como valor absoluto. Eis, pois, a implicação maior da mutação pós-moderna. Reconhecer a «parte do diabo», saber fazer dela um bom uso, a fim de que não submerja o corpo social. O excesso, o demonismo, as múltiplas efervescências de diversa ordem estão aí e afirmam que Dionisos é bem o «rei clandestino» da época. A «parte destrutiva», a do excesso ou da efervescência, é precisamente aquilo que precede, sempre, uma nova harmonia. Desde logo, é uma imperiosa exigência intelectual pensar o sensível em todas as suas manifestações. Não se pode, com efeito, limitar-se a seguir a via recta, balizada pelo racionalismo moderno, mas é preciso, pelo contrário, pôr em acção uma razão mais rica, aberta ao paradoxo e, assim, capaz de pensar a polissemia verificada. Para compreender os fenómenos sociais em obra nos dias de hoje, é necessário mudar de perspectiva: já não criticar, explicar, mas compreender, admitir. Muito precisamente, este livro pretende indicar uma tendência de fundo da vida pós-moderna: a ligação orgânica entre o bem e o mal, o trágico e a jubilação. Surpreendente paradoxo, é aceitando o mal, sob as suas diversas modulações, que se pode encontrar uma certa alegria de viver.

Peso0.266 kg
ISBN Oficial

9789727716616

Editora Oficial

Edições Piaget

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