SOBRE A ONTOLOGIA CINZENTA DE DESCARTES
€18.85 €16.96
A interpretação das Regulae ad Directionem Ingenii levanta um problema específico: primeira obra constituída, permanece, no entanto, inacabada, inédita e quase dissimulada pelo próprio autor.
Em stock
SOBRE A ONTOLOGIA CINZENTA DE DESCARTES
Frequentemente comprado em conjunto
A interpretação das Regulae ad Directionem Ingenii levanta um problema específico: primeira obra constituída, permanece, no entanto, inacabada, inédita e quase dissimulada pelo próprio autor. Descartes não a menciona nem nas suas obras posteriores nem na correspondência. A maioria dos críticos tentou entendê-la a partir da problemática do método e do Discurso de 1637. Daí surgem impasses evidentes, dado que os conceitos originais das Regulae desaparecem precisamente no momento posterior que tornaram possível. Restava uma via: definir as Regulae como um diálogo com um interlocutor que nunca é nomeado, perante o qual o pensamento do jovem Descartes, então nos seus primórdios, devia explicar-se a fim de se tornar cartesiano. E esse interlocutor é Aristóteles. O reencontro com os textos aristotélicos examinados por cada uma das Regulae suscita uma polémica, que contribui para esclarecer o ponto de partida da doutrina cartesiana da ciência. Mas a epistemologia não se estabelece refutando outra epistemologia, mas sim, recusando uma ontologia; a ontologia de Aristóteles. Descartes conquista, então, com a sua epistemologia, nada mais nada menos do que uma ontologia. Ontologia cinzenta, porque a exaltação da epistemolgia por ela permitida parece dispensá-la de se pensar a si própria como tal. Ontologia cinzenta, mas determinante para a metafísica cartesiana e para todo o pensamento ocidental após Descartes.
Peso | 0.438 kg |
---|---|
ISBN Oficial | 9789728329402 |
Editora Oficial | Edições Piaget |
Only logged in customers who have purchased this product may leave a review.
Reviews
There are no reviews yet.