A CHINA DO SÉCULO XXI

A China ainda não acabou de surpreender. Mudou mais nestes vinte anos de reforma do que em três decénios de socialismo ortodoxo. Desde a sua ascensão à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001, o movimento disparou: os Chineses trabalham, fazem trocas com o resto do mundo e enriquecem. Perante a sua entrada brilhante na primeira fila do jogo económico mundial, o mundo desenvolvido hesita entre o medo e o contentamento, cepticismo e fantasmas. Ainda existe muito de desconhecido, porém uma abordagem razoável já é possível e é o que esta obra propõe. Alimentada por discussões aprofundadas com investigadores e agentes económicos chineses, a obra oferece um formidável balanço dos pontos fortes como das linhas de fractura. Voltada para o futuro, esta obra enfrenta as questões essenciais: o impressionante crescimento da China, ampliada pela sua demografia, irá levá-la para a primeira fila mundial nos próximos dois ou três decénios? A coexistência de uma economia em plena efervescência e de um sistema político particularmente rígido é viável? A China estará a percorrer o caminho dos pequenos dragões da Ásia quando descolaram (1967-1982), do Japão do grande crescimento (1953 -1973), ou a comparação só é possível com as mudanças trazidas pelos Estados Unidos no início do século XXI? Sem ceder às especulações e aos jogos do mente, informado de forma sólida, este livro – que venceu o prémio Francis Gornier, 2006 – traz um esclarecimento indispensável sobre os desafios desta escalada de potência da China sobre a sua afirmação como rival estratégico dos Estados Unidos e sobre a modificação profundo dos relações económicas internacionais que daí podem resultar.